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De volta ao Pico, de regresso à ilha, e também lá voltámos à Ponta da Ilha, à Engrade.
Dia primaveril, saudades de outra idade mas agradecendo ao Altíssimo podermos contemplar a beleza bucólica destas paragens.
Os turistas também o apreciam e hoje cá na Engrade, a pé, como ontem em Autocarro em São Roque, junto à igreja matriz, eles continuam a apreciar e a buscar o nosso convívio alicerçado no bem receber e tudo isto, teima em esbarrar com medidas governativas da República, que tem como resultado, conforme as notícias “tristes” que a Rádio continua a debitar: novo aumento brutal do desemprego ou a tentativa de “ir buscar ao bolso dos pensionistas da C.G.A. mais 10%, com efeitos retroativos… Isto abrangerá também os que entretanto faleceram, apetece perguntar em jeito de humor negro… Muito triste.
Primavera é e deve continuar a ser sinal de esperança, de convívios nas festas do Divino que se aproximam ou que se vão já realizando e para isso faz falta na mesa no Mordomo um “bom vinho” para acompanhar as saborosas “sopas”.
As “associações da saudade”: florentinos ou os oriundos das ilhas de S. Jorge, Faial e Pico (Triângulo)” que se fixaram em S. Miguel, também vão festejando o Divino Espirito Santo, com vinho de cá, da nossa ilha, de preferência. Assim acontecerá mais uma vez este ano…
No entanto, é forçoso reconhecer, a vindima que acontecerá lá para Setembro não terá a abundância de anos anteriores, mas também estamos habituados a estas “partidas” que as invernias prolongadas desde sempre, ciclicamente, nos brindam.
Haverá menos vinho no Pico, na Ponta da Ilha, em 2013, mas também como sempre, não faltará vinho para os jantares das Irmandades aqui por estas bandas e desde Santa Luzia até aos lados do sul, em toda a ilha onde se festeja com muita fé e com “afectos de alma” o Divino Espírito Santo.
Talvez seja outra vez o tempo de nos “aferrarmos” a essa fé, pedindo que o Divino Espirito Santo envie umas “pequenas labaredas” da sua sapiência divina, para que os governantes recebam alguma luz de bom senso, nas suas decisões políticas, aliviando assim a austeridade brutal que tem afrontado as nossas gentes, que também são povo de Deus.
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